"Negar é ter tudo o que se não afirmou. Afirmar é ter só o que se escolheu com a afirmação."
Gosto muito desta passagem em do mundo original (1957), de Vergílio Ferreira.
Entre outras implicações, gosto de a adaptar a uma ideia terapêutica de crucial importância nas nossas vidas.
O nosso cérebro é uma máquina de produzir pensamentos. Eles vêm e vão. De vez em quando, de forma desconhecida mas aparentemente arbitrária, há um que agarramos e não deixamos ir. Porque ele ressoa ao nosso sentido de identidade. Trata-se de uma escolha.
Ao escolhê-lo, estou a restringir a minha visão (de mim, do futuro e do mundo) e o meu comportamento subsequente. Para os adequar àquele pensamento, que escolhi ser estruturante.
Não o seleccionando, não lhe atribuindo importância, enfim, não acreditando realmente nesse pensamento, estou a conferir-me a liberdade de ser e fazer o que mais valorizo para a minha vida.
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