Nas nossas sociedades (e nas nossas mentes), erro e castigo estão muito associados.
Achamos que cometemos um erro de forma voluntária e deliberada (na verdade, habitualmente achamos isso mais dos outros do que de nós próprios). Portanto, para pararmos de o fazer, acreditamos que precisamos de ser castigados.
Ora, a maior parte dos erros causam-nos vergonha, pelo que é absurdo pensar que resultam de uma vontade deliberada em os cometer. Mesmo naqueles que não suscitam vergonha, a maior parte são realizados sem pensarmos maduramente sobre isso, muitos são resultado de um impulso momentâneo.
Uma crítica ou autocrítica construtiva aqui têm a sua utilidade... desde que não sejam usadas para descarregar nos outros ou em nós a raiva, ódio ou desprezo que podemos ter acumulados.
A (auto)crítica deve ser compreensiva e encorajadora, envolta num clima emocional de apoio e de segurança. Deve ser breve e com uma evidente utilidade (a de aprendermos a não repetir o erro).
Se não fizermos isto, estamos abrir caminho a perturbações mentais mais ou menos graves. Um exemplo: com a repetição, podemos esgotar o nosso sistema de stress, ficar exaustos e cair em depressão.
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